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Imagem: G1 PR
Padre é indiciado por crimes sexuais contra dez vítimas em Cascavel
Investigação aponta uso da função religiosa e oferta de drogas para abusos. Defesa disse que aguarda parecer do MP e vai recorrer.
Por Música FM
30 de Setembro de 2025 às 08:09
A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o padre Genivaldo de Oliveira, de Cascavel, no oeste do Paraná, suspeito de estupro de vulnerável. Segundo a investigação, dez vítimas foram identificadas, incluindo uma criança de 12 anos na época dos fatos.
De acordo com o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), o padre foi indiciado por tráfico de drogas, curandeirismo, assédio sexual, importunação sexual, violação sexual mediante fraude e violação sexual de vulnerável. A delegada responsável pelo caso, Thaís Zanatta, afirmou que os crimes ocorreram entre 2009 e 2025, sendo o mais recente há cerca de dois meses. “Foram identificadas dez vítimas, dentre elas, a menor na época dos fatos contava com apenas 12 anos”, disse a delegada.
A polícia apurou ainda que o religioso oferecia drogas às vítimas e atuava como terapeuta sem formação profissional. Também foi reconhecida a agravante de violação de dever religioso, uma vez que os crimes ocorreram enquanto o suspeito exercia o ministério sacerdotal.
Com base nas acusações, a soma das penas pode ultrapassar 150 anos de prisão, segundo a polícia.
O padre está preso desde o dia 24 de agosto. Ele foi encaminhado ao Complexo Médico Penal de Curitiba no dia 15 de setembro. A defesa informou que aguarda a manifestação do Ministério Público e que pretende apresentar provas para contestar o indiciamento.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, que deve analisar o caso e decidir sobre a ação penal.
Por envolver vítimas de abuso e menores de idade, a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre as circunstâncias dos crimes nem a identidade dos envolvidos. Arquidiocese também investiga
A Arquidiocese de Cascavel informou que o processo canônico também está em fase final. Segundo nota, o Tribunal Eclesiástico deve encerrar nesta semana a oitiva das últimas testemunhas.
Depois, o processo será encaminhado ao Dicastério para a Doutrina da Fé, no Vaticano, para análise.